21 de dezembro de 2021
Comum entre os médicos, a síndrome de Burnout é responsável por diversos sintomas prejudiciais à prática clínica. Reconhecer hábitos nocivos à saúde mental é essencial para evitar o esgotamento profissional.
A exaustão profissional é uma característica presente em muitas profissões e, para os médicos, isso não é diferente. Muito tem se discutido sobre a síndrome de Burnout na Medicina e seus efeitos na saúde mental.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental está relacionada “à forma como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças da vida e ao modo como harmoniza suas ideias e emoções”.
Nesse contexto, o Burnout médico leva o profissional a um nível de desequilíbrio severo de sua saúde mental, que pode ser identificado a partir da manifestação de sinais e conflitos gerados pelo estresse crônico no ambiente de trabalho.
A síndrome de Burnout pode estar presente em todas as especialidades médicas e os mais afetados são os profissionais de saúde responsáveis pelo primeiro atendimento e pelo atendimento do paciente em situações críticas.
Diversos são os motivos que podem contribuir para o desenvolvimento do Burnout médico e a manifestação dos sintomas também varia entre os profissionais de saúde.
A sobrecarga de trabalho é o principal motivo apontado para a manifestação dos sintomas da síndrome de Burnout. Entre esses sinais, destacam-se:
Todos esses sintomas refletem em outras situações que acabam fugindo do controle do médico, como nervosismo, prostração, dificuldade de concentração, pessimismo, isolamento e cinismo.
O sentimento de fracasso e incompetência pode levar o profissional de saúde ao distanciamento mental do trabalho e, consequentemente, à diminuição da eficácia profissional.
As principais causas apontadas para a manifestação do Burnout médico estão relacionadas com a obrigação de lidar com uma cobrança excessiva para melhores desfechos clínicos.
A pressão pelo desempenho de uma conduta médica excelente, sem falhas no diagnóstico e tratamento dos pacientes, levam o médico a uma cobrança excessiva de si mesmo.
Somado a isso, a impossibilidade em fornecer os melhores atendimentos aos pacientes, em especial na rede pública de saúde, levam médicos e profissionais de saúde a sentirem-se incapazes.
Outro agente para o desenvolvimento da síndrome de Burnout é o excesso de horas trabalhadas, em contrapartida, a redução do convívio social e atividades de lazer.
Além disso, cada vez mais, médicos queixam-se de salários reduzidos frente à jornada de trabalho excessiva.
Pode parecer contraditório, mas muitos médicos dedicam-se tanto à promoção da saúde de seus pacientes que deixam de cuidar de si mesmos.
Reconhecer o momento de descanso e pausas durante a rotina é fundamental para evitar possível manifestação do burnout médico. Além disso, férias regulares e prática de hobbies favorecem a distração e pensamentos relacionados à rotina médica e gestão clínica. Nesse contexto, os exercícios físicos são bons aliados.
Outro desafio para muitos médicos é manter uma rotina de sono adequado, principalmente, quando a prática clínica é noturna. Ter um sono de qualidade é um dos principais fatores para evitar o esgotamento profissional e outros sinais, como estresse e concentração.
Cuidar de si mesmo é o maior desafio para muitos médicos. Compreender os limites e compartilhar os medos e receios é o primeiro passo para reconhecer que mudanças precisam ser realizadas.
Nosso conteúdo médico sobre o assunto possui orientação para aplicar o autocuidado na prática clínica, evitando o desenvolvimento do Burnout médico. Acesse esse e outros temas importantes sobre saúde mental e aprimore, cada dia mais, sua experiência com a Medicina.