5 de julho de 2021
Em um contexto de pandemia e isolamento social, a telemedicina ganhou espaço e já é utilizada por muitos médicos, inclusive por psiquiatras. As novas tecnologias possibilitam a realização de consultas, prescrições e interações digitais a partir de práticas e habilidades inerentes ao profissional da área.
A telemedicina vai além do que uma simples videoconferência, ela é um método de investigação baseado nas novas tecnologias, por meio da utilização de ferramentas de vídeo, formulários, envio de materiais e contato com pacientes.
Essa prática vem ganhando cada vez mais notoriedade, ainda mais depois do início da pandemia e da liberação para médicos fazerem consultas online. A telemedicina é uma forma eficaz de continuar o tratamento, proporcionando ao paciente um contato direto e próximo com o médico, mesmo diante do distanciamento social.
Para a telepsiquiatria, os benefícios vão além, uma vez que ainda existem preconceitos e estigmas em torno dessa especialidade.
No contexto da psiquiatria, as consultas online apresentam muitas vantagens, como:
É natural que, em um primeiro momento, o psiquiatra sinta ansiedade e falta de aptidão com as plataformas digitais, mas é a partir das experiências diárias que os protocolos vão se consolidando.
A telepsiquiatria consiste em mais uma ação importante para a saúde mental. Porém, essa ação não está vinculada somente ao momento da videoconferência, é preciso estabelecer um conjunto de práticas, roteiros e protocolos pré e pós-consulta para garantir a saúde do paciente.
As vantagens da telepsiquiatria podem ser colhidas de muitas formas, mas é preciso conhecer o mundo digital para entender todas as possibilidades existentes e buscar aquelas que mais se encaixam à realidade de cada médico e sua clínica.
O médico precisa definir qual plataforma de telemedicina utilizará para a consulta online. Esse fator é decisivo para que, durante a telepsiquiatria, erros não comprometam o diagnóstico ou tratamento. E, claro, o psiquiatra deve avaliar quais ferramentas de prontuário e prescrição médica são mais indicadas para sua prática clínica. Por ser uma atividade médica ainda recente, é importante que o profissional da área atente-se às adversidades, para que essa decisão faça sentido para cada paciente.
Muitos pacientes ainda não tiveram a oportunidade de realizar uma teleconsulta ou possuem algum preconceito com o novo modelo. Por isso, é sugerido que os médicos façam o envio de formulários antes da videoconferência. Eles devem ser criados considerando as regras e definições da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), solicitando consentimento do paciente antes do envio dos dados e garantindo a ele que serão coletadas apenas informações necessárias.
Esses dados fornecem ao psiquiatra digital o conhecimento prévio do quadro clínico apresentado pelo paciente. Sugere-se que, após 15 dias, o psiquiatra digital faça o envio de um novo formulário com outras perguntas. Esse protocolo permite que o profissional visualize e acompanhe o desenvolvimento do paciente.
É fundamental que o médico crie um guia de teleconsulta, com orientações necessárias para a realização da videoconferência. Essas informações disponibilizadas aos pacientes comportam dicas e sugestões que os preparam para a consulta, como: local ideal, dispositivo a ser usado, iluminação, sons ambientes e outros. Essas orientações criam uma cultura para a realização da teleconsulta que, futuramente, já estará natural para o médico e também para o paciente.
Para complementar a prática da telepsiquiatria e garantir um fluxo de pacientes e consultas, é muito importante atrair pessoas por meio da participação ativa na internet. Perfis em redes sociais, produção de conteúdo e marketing digital voltado para médicos são ações que conectam os pacientes aos profissionais e permitem que a experiência digital seja vivida antes mesmo da consulta.
A telepsiquiatria ainda é um assunto novo para muitos profissionais de saúde. Entender suas especificações, vantagens e obstáculos é fundamental para compreender o momento vivido na saúde mental voltada para o mundo digital. Para entender melhor a telemedicina aplicada à psiquiatria, acesse nossos conteúdos médicos e contribua para sua especialidade.